quarta-feira, 28 de março de 2012

Parkour

Criado por David Belle no final da década de 1990, o parkour é uma atividade que explora os limites do corpo humano com o propósito de superar diversos tipos de obstáculos materiais que possam aparecer pelo nosso caminho e mover-se ou deslocar-se rapidamente de um ponto a outro, usando pura e simplesmente os movimentos do corpo humano.  Essa prática ajuda a desenvolver habilidades como correr, surpreender-se, rastejar e saltar, possibilitando ao praticante a capacidade de mover-se livremente pelo ambiente em que se encontra.


A prática dessa atividade é uma adaptação para o meio urbano de técnicas de salvamento e resgate utilizadas por militares.


Basicamente, o Parkour é a arte do movimento ou a arte de ser útil com o movimento. Por meio de movimentos eficientes, seus praticantes podem ir de um lugar a outro utilizando somente os recursos que seu corpo pode oferecer.




Deriva

A teoria da deriva foi criada pelo pensador situacionista Guy Debord. A deriva, em seu caráter unitário,compreende o deixar levar-se e sua contradição necessária: o domínio das variáveis psicogeográficas pelo conhecimento e o cálculo de suas possibilidades. 

Uma ou várias pessoas que se lançam à deriva renunciam, durante um tempo mais ou menos longo, os motivos para deslocar-se ou atuar normalmente em suas relações, trabalhos e entretenimentos próprios de si, para deixar-se levar pelas solicitações do terreno e os encontros que a ele corresponde. A parte aleatória é menos determinante do que se crê: no ponto de vista da deriva, existe um relevo psicogeográfico nas cidades, com correntes constantes, pontos fixos e multidões que fazem de difícil acesso à saída de certas zonas.

Flash Mob


Flash Mob vem do inglês Flash Mobilization (mobilização Rápida, Relâmpago) e trata-se de uma multidão reunida a favor de uma causa. Como o próprio nome diz, a reunião dura poucos minutos. Os Flash Mobs são previamente organizados: podem ser combinados através de e-mail (como foi o primeiro), redes sociais ou qualquer outro meio de comunicação. Com a intenção de causar impacto, a dispersão dessas pessoas é feita geralmente com a mesma instantaneidade: no fim, cada uma segue seu rumo como se nada tivesse acontecido, deixando apenas aqueles que não sabiam da manifestação boquiabertos e extasiados.


No mundo inteiro, flash mobs vêm ganhando cada vez mais aspectos políticos e não apenas para mudar a rotina ou modificar o meio urbano. Na Rússia, por exemplo, um grupo de pessoas se reuniu ao redor de um caixão e deram-se as mãos em luto formando um quadrado, declarando a “morte da democracia em 2003. Por lá, pela repressão às revoltas ou protestos ser intensificada, flash mobs são preferências cada vez mais aceitas por serem organizadas rapidamente, atraírem muitas pessoas e depois se dispersa tão rápido quanto apareceu, impedindo a ação da polícia muitas vezes.

Flaneur

Flaneur é uma figura muito curiosa, que dedica seu tempo a vagar pelas ruas, no intento de observar o que acontece ao seu redor, de captar algo de mais perene no cenário urbano. Este passante se locomove a pé
– e sem pressa, como requer qualquer “trabalho” de análise da vida cotidiana que se preze.

Tal personagem surgiu nos séculos XVIII e XIX com a industrialização, que trouxe consigo o fenômeno da urbanização das cidades européias e, como conseqüência disso, a formação das multidões, dos grandes  conglomerados humanos. A mudança de ritmo na vida dos habitantes da cidade foi marcante; o desenvolvimento da linha de montagem das grandes fábricas e a ideologia do “tempo é dinheiro” passou a ditar o aproveitamento do tempo no cotidiano das  pessoas. Houve a configuração de um novo tipo de experiência de vida, do tempo e do espaço. E foi durante o ápice dessa sociedade, nas décadas de 1830 e 1840, que ocorreu o aparecimento de uma figura que parecia alheia a tudo isso.

O flaneur é um observador que caminha tranquilamente pelas ruas, apreendendo cada detalhe, sem ser notado, sem se inserir na paisagem, que busca uma nova percepção da cidade. E para situar a curiosa figura do flaneur no tempo, é preciso entendê-lo, antes de tudo, como uma figura nascida na modernidade. Ele apareceu como o contraponto do burguês, que dedicava grande parte do seu tempo ao mundo dos negócios. A flanerie conseguiu solidificar-se como a experiência  própria  daquele  que gostava de perambular  pelas  ruas  pelo  simples prazer de observar ao seu redor; que não devia satisfações ao tempo e tinha  a rua  como matéria prima e fonte de inspiração.

domingo, 11 de março de 2012

Retrato


Esse retrato do João é, na verdade, um olhar que tenho sobre seu jeito de ser. Não foi a minha ideia original, confesso, mas especialmente porque não sabia trabalhar com o Photoshop (não que agora eu saiba), gostei do resultado.

A princípio o plano era mostrar o que mais me chama a atenção nesse meu colega: além de inteligente, ele é muito divertido. Às vezes, de uma maneira meio cruel, mas ainda sim, divertido. Sempre tem um comentário na ponta da língua para fazer, e essa espontaneidade é incrível. Por isso, gostaria de ter feito uma montagem que relacionasse o João ao personagem Sheldon Cooper, da série americana The Big Bang Theory.

Com receio de que o desconhecimento desse seriado comprometesse o entendimento da imagem, preferi mudar o plano e retratar um costume muito engraçado que ele tem. Como o João é de Pompéu, no interior de Minas, ele carrega mapas de Belo Horizonte consigo. O mais interessante, porém, é o "ritual" que ele tem quando vai a algum lugar: entra no "Google Maps" e  faz sua pesquisa, usa a ferramenta "como chegar" e depois o "Google street view" para conhecer o lugar aonde vai. Por fim, imprime o mapa e sai por aí com ele. Posso apostar que tem uma coleção deles na mochila.

Antes de trabalhar nesse retrato, varias fotos foram tiradas durante a aula. Para deixar registrado, posto algumas delas também: