quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Maquete da ponte






Intervenção

Com base principalmente no sketch up sensitivo, ficou decidido que a ideia de fluxos seria trabalhada. Isso porque a ponte e seu entorno são marcados principalmente pela passagem constante de pessoas de um lado para outro e pelo rio correndo por baixo dela.

Depois de levantar dados sobre a região e de tirar medidas da área, do rio e da ponte, o grupo dedicou-se a pensar em como intervir no local ressaltando a ideia de fluxos. Após várias discussões, foi decidido que isso seria feito criando um ambiente de imersão que ao mesmo tempo destacasse o lugar e interagisse com quem passasse pelo local. Para tanto, estabeleceu-se um percurso sonoro ao longo da ponte e, aproveitando da pouca iluminação durante a noite, refletores conectados a sensores de presença e direcionados para o seu entorno: o Rio Maquiné e as grandes pedras claras que ficavam à sua margem.





Montagem da intervenção







quarta-feira, 2 de maio de 2012

Light Scraper - Melbourne City Council

The LightScraper is a towering vortex of visuals and sound feeding off its surroundings.

Featuring real-time 3d graphics and a motion tracking system, the LightScraper explores
new forms of engagement with technology and ultimately each other.

The LightScraper is a custom built aluminium structure, fabricated with a layer of translucent mesh.
The structure can be easily erected in various compositions in an outdoor or indoor setting.
A single computer and two projectors are used to bring the sculptures' visuals to life. The LightScraper
also acts as a giant musical instrument, people’s location influence the melodies emitting from the sculpture.
Visitor's positions are tracked via an infrared camera mounted at the peak of the structure, and transposed
into musical notes, the result is ever-changing melodies and visual delight.




Evoke

A specially commissioned project for Illuminating York 2007 in northern England, Evoke is a massive animated projection that lights up the facade of York Minster in response to the public, who use their own voices to "evoke" colourful light patterns that emerge at the building's foundations and soar up towards the sky, giving the surface a magical feeling as it melts with colour.


The cathedral, built to link conceptually earth to the heavens, has been a site for the conveyance of words, dreams and aspirations for hundreds of years. The facade is designed to orient the gazes of passers-by upwards. As an attempt to continue this tradition, the patterns of Evoke are generated in realtime by the words, sounds, music and noises produced collectively by the public, determined by their particular voice characteristics. The colours will skim the surface of the Minster, pour round its features and crevasses, emerging finally near the top of the facade where they will sparkle high overhead.

People with voices of different frequencies, rhythms or cadences will be able to evoke quite different magical patterns upon the surface of the building - a staccato chirping will result in a completely different set of visual effects to a long howl for example, blending old and new to continue animating the facade of the Minster.


Inhotim - Através

Através está entre as obras de Cildo Meireles nas quais, por meio de jogos formais com materiais cotidianos, o artista lida com questões mais amplas, como a nossa maneira de perceber o espaço e, em última análise, o mundo. Trata-se de uma coleção de materiais e objetos utilizados comumente para criar barreiras, com os mais diferentes tipos de usos e cargas psicológicas: de uma cortina de chuveiro a uma grade de prisão, passando por materiais de origem doméstica, industrial, institucional. Sempre em dupla, os elementos se organizam com rigor geométrico sobre um chão de vidro estilhaçado, oferecendo diferentes tipos de transparência para os olhos, que à distancia penetra a estrutura. O convite é que o corpo experimente de perto esta estrutura, descobrindo e deixando para trás novas barreiras. Com sua conformação labiríntica e experiência sensorial de descoberta, Através e seus obstáculos aludem às barreiras da vida e ao nosso desejo, nem sempre claro, de superá-las.


Objeto Interativo

















Vídeo da performance - Catas Altas



fotos e croquis da ponte- Catas Altas



Sketch up sensitivo do grupo


quarta-feira, 28 de março de 2012

Parkour

Criado por David Belle no final da década de 1990, o parkour é uma atividade que explora os limites do corpo humano com o propósito de superar diversos tipos de obstáculos materiais que possam aparecer pelo nosso caminho e mover-se ou deslocar-se rapidamente de um ponto a outro, usando pura e simplesmente os movimentos do corpo humano.  Essa prática ajuda a desenvolver habilidades como correr, surpreender-se, rastejar e saltar, possibilitando ao praticante a capacidade de mover-se livremente pelo ambiente em que se encontra.


A prática dessa atividade é uma adaptação para o meio urbano de técnicas de salvamento e resgate utilizadas por militares.


Basicamente, o Parkour é a arte do movimento ou a arte de ser útil com o movimento. Por meio de movimentos eficientes, seus praticantes podem ir de um lugar a outro utilizando somente os recursos que seu corpo pode oferecer.




Deriva

A teoria da deriva foi criada pelo pensador situacionista Guy Debord. A deriva, em seu caráter unitário,compreende o deixar levar-se e sua contradição necessária: o domínio das variáveis psicogeográficas pelo conhecimento e o cálculo de suas possibilidades. 

Uma ou várias pessoas que se lançam à deriva renunciam, durante um tempo mais ou menos longo, os motivos para deslocar-se ou atuar normalmente em suas relações, trabalhos e entretenimentos próprios de si, para deixar-se levar pelas solicitações do terreno e os encontros que a ele corresponde. A parte aleatória é menos determinante do que se crê: no ponto de vista da deriva, existe um relevo psicogeográfico nas cidades, com correntes constantes, pontos fixos e multidões que fazem de difícil acesso à saída de certas zonas.

Flash Mob


Flash Mob vem do inglês Flash Mobilization (mobilização Rápida, Relâmpago) e trata-se de uma multidão reunida a favor de uma causa. Como o próprio nome diz, a reunião dura poucos minutos. Os Flash Mobs são previamente organizados: podem ser combinados através de e-mail (como foi o primeiro), redes sociais ou qualquer outro meio de comunicação. Com a intenção de causar impacto, a dispersão dessas pessoas é feita geralmente com a mesma instantaneidade: no fim, cada uma segue seu rumo como se nada tivesse acontecido, deixando apenas aqueles que não sabiam da manifestação boquiabertos e extasiados.


No mundo inteiro, flash mobs vêm ganhando cada vez mais aspectos políticos e não apenas para mudar a rotina ou modificar o meio urbano. Na Rússia, por exemplo, um grupo de pessoas se reuniu ao redor de um caixão e deram-se as mãos em luto formando um quadrado, declarando a “morte da democracia em 2003. Por lá, pela repressão às revoltas ou protestos ser intensificada, flash mobs são preferências cada vez mais aceitas por serem organizadas rapidamente, atraírem muitas pessoas e depois se dispersa tão rápido quanto apareceu, impedindo a ação da polícia muitas vezes.

Flaneur

Flaneur é uma figura muito curiosa, que dedica seu tempo a vagar pelas ruas, no intento de observar o que acontece ao seu redor, de captar algo de mais perene no cenário urbano. Este passante se locomove a pé
– e sem pressa, como requer qualquer “trabalho” de análise da vida cotidiana que se preze.

Tal personagem surgiu nos séculos XVIII e XIX com a industrialização, que trouxe consigo o fenômeno da urbanização das cidades européias e, como conseqüência disso, a formação das multidões, dos grandes  conglomerados humanos. A mudança de ritmo na vida dos habitantes da cidade foi marcante; o desenvolvimento da linha de montagem das grandes fábricas e a ideologia do “tempo é dinheiro” passou a ditar o aproveitamento do tempo no cotidiano das  pessoas. Houve a configuração de um novo tipo de experiência de vida, do tempo e do espaço. E foi durante o ápice dessa sociedade, nas décadas de 1830 e 1840, que ocorreu o aparecimento de uma figura que parecia alheia a tudo isso.

O flaneur é um observador que caminha tranquilamente pelas ruas, apreendendo cada detalhe, sem ser notado, sem se inserir na paisagem, que busca uma nova percepção da cidade. E para situar a curiosa figura do flaneur no tempo, é preciso entendê-lo, antes de tudo, como uma figura nascida na modernidade. Ele apareceu como o contraponto do burguês, que dedicava grande parte do seu tempo ao mundo dos negócios. A flanerie conseguiu solidificar-se como a experiência  própria  daquele  que gostava de perambular  pelas  ruas  pelo  simples prazer de observar ao seu redor; que não devia satisfações ao tempo e tinha  a rua  como matéria prima e fonte de inspiração.